Apetece-me soltar a loucura, essa constante e perene vontade de liberdade que me permite pousar em ti levemente, sentir a curva apertada do teu quadril, aquela perfeita parábola do teu seio desnudo. Quero manejar o teu corpo, como quem conduz um barco pelo rio tumultuoso, quero ser capaz de soprar-te ao ouvido o verso que invento, num cálido alento que infle as velas do teu prazer. Deixa-me escorrer, como quem resvala pelos desfiladeiros do teu peito, em direcção ao vale do teu ventre, como quem sente a torrente que se esvai no teu sangue. É assim que me sentes, como avalanche que te preenche, como fogo que te derrete, como paraíso que te invente, onde a cadência é fluxo constante do desejo que em ti encerro. Eu venero o teu prazer, como último toque, como momento antes de morrer.

2 comentários:

  1. Lindo! :) Beijos

    Patrícia Lara

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  2. Palavras quentes que poisam na pele no desejo, mar de sonhos em ondulações de prazer...ondas agitadas num vai e vem de carícias que desaguam em paraísos sentidos.

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