O fruto maduro deste desejo incontido, é teu corpo que em minhas mãos sustento, despido. Percorro-te em lugares inacessíveis, viajo em instantes de paixão, como se fosse teu corpo nu a essência da emoção. Nos sabores adocicados da tua pele, delicio-me, como banquete perene que me ofereces em cada noite de amor. Sabes bem o que procuro, alimentas-me na luxúria tranquila do teu colo, como se fosse criança a quem ofereces um caramelo. Desembrulho o teu corpo delicadamente, provo-te, sentindo-te derreter na ponta da minha língua, num lânguido e prolongado beijo. És a loucura dos meus sentidos que em cacofonia se agitam em gemidos. Estremeço, sinto quão profundo é o teu espaço, o vão do teu abraço, e a lonjura do teu corpo, que como um mundo visito. A norte a tua boca reclama o meu beijo, a sul a tua volúpia chama por meu corpo, nesta viagem entre pólos perco-me nas cadeias montanhosas dos teus seios, na planície do teu ventre. Sabes, em teu corpo construo a minha casa, abrigo resguardado, pleno de prazer, gostoso de saborear, onde para sempre em ti quero ficar.

Sem comentários:

Enviar um comentário