Atiço o lume que carregas no ventre, sopro a pele, como se quisesse que se transformasse em chamas e queimasse o meu corpo com o prazer das labaredas. As minhas mãos são como galhos secos que entram em combustão imediata ao sentir o teu calor. Os meus braços são madeiros que aos poucos se tornam incandescentes nesta dança entre combustível e comburente. Das bocas solta-se o ar que alimenta as vontades, os suspiros que rebentam em gemidos como o crepitar deste mar de brasas.
É profundo o prazer que brota da intensa combustão dos corpos que oscilam em equilíbrios periclitantes de luxúria. No frenesim descobrimos os caminhos que eternizam o momento em que nos entregamos ao delírio de nos possuir como se fossemos uma única peça do imenso puzzle do prazer. Neste dia especial, decoro-te o corpo com as pétalas vermelhas que solto da rosa jovial do teu delicado olhar, sente-me com a intensidade de mil sois, com a força de um tornado que se faz erupção no mais íntimo recanto do teu âmago.

1 comentário:

  1. Lindo demais!!!
    Sensibilidade ardentes destes atos.
    Sempre a admirá-lo ei.



    Beijos.

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