A noite é o teu corpo que em minhas mãos derramo, como vento que vem do deserto, cálido abraço em que ti encontro. Teu corpo é oceano, mar imenso de suave tormento onde cada vaga é nosso leito. Depois, no fulgor do desejo faço-te mulher em meu beijo, silêncio que meus lábios encerram ao percorrer teu corpo, minha terra. Das gotas das chuvas faço melodias, que no trinar da brisa invento, em boca, meus lábios sedentos, bebem todos os teus instintos.
Espera, aguarda pelo êxtase, que em doces voos de penas soltas esvoaça, espera-me no aperto dos corpos, como este mundo imenso onde nos mergulhamos. Percebe, cada detalhe que te invento, quando na Noite ao relento, tua boca venho beijar. Sente, como último instante, o fogo em mim pungente, vulcão que me acendes, que em teu corpo rebento. Faz-te flor e fruto, que maduro em meus lábios degusto e, deixa-me por sempre ficar, teus olhos contemplar, e teu amor idolatrar.
Em silêncio, enrolo meu corpo ao teu, guardo todo o amor que me dás, no peito nu do nosso prazer.

3 comentários:

  1. Poético, tradutor de sentimentos que ganham forma nesta tela textual

    M.G.

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  2. E a gente fica assim neste suspirar. Envolta neste querer mais.

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  3. Meu querido

    Tinha saudade de te ler...e em silêncio cheguei, saboreei o nectar das tuas palavras, e vou mais cheia.

    Beijinhos com carinho
    Sonhadora

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