É
no difuso momento da minha existência que percebo claramente os
contornos do teu ser, é aqui neste lugar obtuso, onde tudo é turvo
e confuso que encontro as linhas com que cubro a estrutura molecular
da tua essência. Neste olhar penetrante com que fixo cada curva do
teu semblante, percebo a infinita certeza de que és quem eu conheço,
quem eu mereço ter em mim, como pedra incrustada no magma fluído da
minha alma. As minhas mãos são os olhos dos sentidos quando deslizo
por todos os teus caminhos, quando trilho os teus destinos com o fogo
dos meus dedos que faz correntes de ar quente que descem das tuas
entranhas em soluços de seiva branca. É assim que te escuto, mesmo
no mais ténue murmúrio, é assim que te amo, neste leve pranto que
nos entrega um abraço apertado entre nossos corpos.
Atonita numa vontade imperfeita, confesso que fiquei com vontade de partilhar todas essas suas palavras com um alguém…mas falta-me a fidúcia de outrora, talvez reduzir a pó algumas lembranças que me atulham os pensamentos, ó, não sei….Neste momento apenas sei, que vir lê-lo me faz voar desordenada para um local inesquecivel.
ResponderEliminar…” É assim que te escuto, mesmo no mais ténue murmúrio, é assim que te amo, neste leve pranto que nos entrega um abraço apertado entre nossos corpos…”
Como sempre, venho banhar-me neste Mar de Ondas, e continuo a achar fabulosa a sua forma de escrever.
Num Suspiro, deixo-lhe um : )