No perfil dos tempos moldo-te o espaço, confinado, apertado ao corpo despido do teu ventre. Vem sente-me, escorregar pela tua pele, como se fosse mel, morno, que se derrete no calor intenso do teu corpo. Não existe apenas a tridimensionalidade em ti, há um universo pleno de outros espaços e medidas com que não consigo construir o teu corpo, por isso o idolatro e o acarinho, para que da perfeição das sombras imerjas feita de luz e emoção. É meu pequeno vulcão, lava quente em torrente que moldo com minhas mãos.
Neste abismo da criação, mergulham os que sonham com a beleza pura, com a essência que se veste de corpos diversos, tu és a galáxia que desenho, a constelação de estrelas onde me deito e a iluminura onde escrevo. Por isso me jorra das mãos a tinta, como que gravo a fogo o papel, para tornar eterna a tua existência de mulher.



1 comentário:

  1. Sublime! Mulher, a Deusa da inspiração e sempre venerada na Magia da tua escrita.

    Bjinho

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