A curvatura da sombra quando atinge o contorno do teu corpo, precede a admirável beleza do singelo nu com que me presenteias no lusco-fusco deste íntimo momento. Por vezes não preciso nem tocar-te, nem amar-te a pele, basta-me com adorar-te com o olhar, e perceber em ti a perfeição que se reflecte na frágil nudez da tua silhueta. Passaria horas a perceber cada poro, cada imaculada protuberância que faz de ti, modelo único de perfeição, templo impoluto de profanação, onde me deito e espero pelo arrepio do teu fogo.
Não necessito de tempo, porque ele é como o vento, por vezes sopra veloz, outras é silêncio atroz que me deixa ficar sem respirar, ao descobrir cada detalhe que me fazes em ti inventar. Sabes, não quero tocar-te, não agora, nesta hora de admiração, de exaltação, em que te contemplo, em que te venero como Mulher inteira, perfeita Deusa que nas sombras deste quarto, a meu lado se deita.



1 comentário:

  1. Esse amar por amar sem compromisso em ter, apenas Ser amor.

    lindo!

    bjo!

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