A
curvatura da sombra quando atinge o contorno do teu corpo, precede a
admirável beleza do singelo nu com que me presenteias no lusco-fusco
deste íntimo momento. Por vezes não preciso nem tocar-te, nem
amar-te a pele, basta-me com adorar-te com o olhar, e perceber em ti
a perfeição que se reflecte na frágil nudez da tua silhueta.
Passaria horas a perceber cada poro, cada imaculada protuberância
que faz de ti, modelo único de perfeição, templo impoluto de
profanação, onde me deito e espero pelo arrepio do teu fogo.
Não
necessito de tempo, porque ele é como o vento, por vezes sopra
veloz, outras é silêncio atroz que me deixa ficar sem respirar, ao
descobrir cada detalhe que me fazes em ti inventar. Sabes, não quero
tocar-te, não agora, nesta hora de admiração, de exaltação, em
que te contemplo, em que te venero como Mulher inteira, perfeita
Deusa que nas sombras deste quarto, a meu lado se deita.
Esse amar por amar sem compromisso em ter, apenas Ser amor.
ResponderEliminarlindo!
bjo!