É
impossível não querer voar com os teus cabelos quando o vento os
afaga, saltar do alto do teu corpo, para encetar uma viagem que
começa no teu olhar, mergulhando nas cascatas salgadas desse mar
interior, que me leva em delírio na correnteza das vontades. É
indescritível a paisagem que perscruto, com os teus seios nus no
horizonte do meu mundo, perdendo-me por entre a cordilheira que
os
separa, desenhando-os e moldando-os com a ponta dos meus dedos.
Escalo a tua pele, delicado manto que afago e lambo, procurando
captar o sabor agri-doce da fragrância inconfundível da tua
essência. Salto num voo rasante, rumo à planura do teu ventre
fértil, onde planto o prazer que conflui nesse delta onde
desaguam
todos os teus desejos. Bebo, da fonte dos teus caprichos, o mel
que
escorre como reflexo das carícias do meu corpo ao roçar o teu,
nesse abraço profundo que nos funde, conectando-nos,
encaixando-nos,
completando o puzzle da luxúria. Este precioso momento de
cartografia, permitiu-nos viajar pelo mundo encantado dos
sentires,
observando em detalhe cada molécula de que és feita, cada poro
que
exala o fogo deste vulcão tão teu.
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