No buliço suave da agitação dos dias, seguem minhas mãos vazias em direcção aos arrepios da tua pele. Não há Noite que não persiga o entardecer na constante busca do teu prazer. Não há dia que queira a Noite amanhecer na ânsia de despertar a maresia do orvalho salgado do teu corpo por mim molhado. Percebe que não haveria outra maneira de amar-te, que esta fuga entre madrugada e tarde, não poderia a Noite impor-se ao dia sem entardecer num abraço morno. Neste espaço mouco acorda o silêncio perene de dois corpos que em delírio se pedem, e ficam quietos, aguardando a madrugada, esperando que esta alvorada seja o nascer de mais um sentimento.

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