Mergulho profundamente na intimidade do teu corpo, sustenho a respiração, nado no teu entorno. Sentes como agito as tuas águas, como nelas me banho, como nelas me deito. Há na fluidez das tuas linhas uma essência que me alimenta, nos contornos do teu corpo um encanto que se assemelha à floresta virgem, algo por desbravar que sustento na ponta dos lábios, prontos para te beijar a pele macia. É nas folhas que se abraçam ao vento que te envio escritos eternos, como páginas dum diário por escrever, como esculturas em pedra por desfazer. Emerjo para te respirar, como se fosses ar, e no Sol vejo o brilho incandescente dos teus olhos que do céu não param de me olhar.

1 comentário:

  1. "É nas folhas que se abraçam ao vento que te envio escritos eternos, como páginas dum diário por escrever, como esculturas em pedra por desfazer."

    Entrelinhas, alguém rasga todo o seu ser, para poder ler algo assim…contudo, há detalhes, que se descobrem, e tudo o que era outrora poesia, se estilhaça como vidros, impedindo até mesmo pequenas migalhas de amor!!...

    ResponderEliminar