Sabes
o som dos meus dedos quando roçam a tua pele? Aquele ruído surdo
quando meu corpo pelo teu deslizo, é o barulho do amor, quando é
sentido. Sabes o som da minha voz? Conheces os acordes das palavras
que ganham som, os ecos que acordam ainda mais os sentidos? Sim,
estas são palavras feitas de vento, são melodias que ganham corpo,
no corpo que trazes vestido. Estes são os delírios que te despem
nas noites quentes em que na cama me amas, em que me contas as tuas
loucuras e me entregas a alma num gemido incontido pelo prazer que em
nós procuras. Anda, fala-me de ti, conta-me em suaves murmúrios
todos os teus instintos, abraça-me, cola-te em mim, como se fosses a
pele que me cobre de gemidos. É neste tom de voz, calmaria suave,
tempestade pujante, vento em nós inconstante que ondulas o teu corpo
e te encaixas no meu. Fala, quero ouvir-te! Grita, quero sentir-te!
existe o finito com gosto de infinito
ResponderEliminarde que adianta viver.
adorável texto poeta.
mary
que texto belíssimo!
ResponderEliminardeixo um beijo