És
em mim um bocado de ti, uma lasca da mesma madeira com que construí
as florestas, uma segunda pele que me veste, me protege do frio
agreste deste longo Inverno. Anda, vem abrigar-te no meu regaço,
nesse infinito espaço que guardo entre meus braços, nesse mundo
imenso onde acolho teu corpo, onde beijo teus lábios. Aqui estarás
em casa, dentro dos limites do meu corpo serás visita, serás fôlego
intenso que acalenta as noites frias. Nestas cinzas serás labareda,
e nesta lenha fogueira quente que me abraça. Quero sentir-te chegar,
na majestosa pose que se agita no ar, só assim te sei ver, com
posses de Rainha, como vestes de nobre elegância que cobrem tua alma
imensa. Eu, vergo-me qual súbdito, ajoelho-me ao teus deslizar, como
se quisesse teu chão beijar, sabendo que é em mim que queres
acordar, depois desta longa noite de Inverno abalar.
Olá,
ResponderEliminarEsse "endeusamento" vem com o tempo e com o amor...
Abraços fraternos de paz e alegria