Nas concavidades do teu corpo encontro os ecos dos teus delírios que como gemidos se propagam em ondas curtas de prazer. Esta é a vontade de saber por onde deambulam os teus quereres, por onde derramas as tuas chamas quando soltas o fogo que guardas nas tuas entranhas. Não há como contornar-te sem perceber a amálgama de sentidos que te nascem na alma e se evaporam em suores frios pelas gotas soltas que te escorrem pela pele nua. Assim, nesta assimetria de conjugações, somos juntos dois vulcões que em labaredas de carmim derramamos desejos sem fim. No final do caminho, lá, onde os corpos já não conseguem controlar o respirar, onde as almas exaustas se recostam nas mãos côncavas dos desejos já satisfeitos, deixamo-nos ficar, abraçados no ar, como se nada, nem a brisa da madrugada, nos pudesse já separar.

1 comentário:

  1. as vezes eu tenho a impressão que não lê o que escreves. tu tem noção do que escreves.
    é lindo.
    eu sinto falta quando você não aparece por aqui.
    neste universo maravilhoso e intenso, eu de cá deste canto da terra e você aí tão longe.
    gostaria imensamente de te conhecer. e diga pra quem você escreve que está pessoa é uma das mais
    felizardas que conheço. deve ser lindo te inspirar assim.
    muitas e muitas vezes você me levou a continuar. eu venho aqui a muitas luas. gosto
    e me acalma andar por aqui.
    obrigado Druida.
    a vida é assim, você nem sabe que eu existo neste mundo de meu deus e com tuas belas, emocionantes e, muitas vezes, respiradoras palavras me da a mão.
    eu desejo pra você sempre FELICIDADE.
    não interessa como e onde você esteja, você merece a alegria, o aconchego, o carinho, a leveza da alma.
    fica na paz e no amor
    maria

    ResponderEliminar