Às vezes dou por mim a olhar-te, em silêncio, apreciando em ti a poesia do momento. Olho-te, não como quem te cobiça o corpo, mas como quem aprecia a beleza das linhas, a cor das sombras, cada contorno que com delicadeza vais revelando. O prazer não se prende apenas com as segregações corporais, com gemidos e ais. Há um prazer sublime, que degusto no silêncio da tua intimidade, quando me sento num canto e assisto ao bailado do teu corpo sendo despido. Esse instante, revestido de subtis traços de sensualidade é um pedaço de tempo que se suspende, com a respiração de quem como eu te sente, em cada entalhe, em cada nervura dessa imensa loucura que é ver-te descobrir o corpo num acto do quotidiano, sem ensaios ou intentos, apenas como consequência da necessidade do descanso. Nem te apercebes que te olho, que idolatro a sensibilidade da tua pele, na distância ínfima que nos separa. Que enlouqueço de luxúria ao ir descobrindo cada sombra tua, cada movimento suave que te envolve nesta dança enquanto te despes para ir para a cama.

2 comentários:

  1. que porcaria de blog
    isso deveria ser deletado para parar de poluir a internet mais ainda

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  2. Ah, meu amigo querido.
    Adoro quando polui a internet com essa competência em prosa
    que só a ti cabe.
    Que Deus continue a te abençoar na Arte de Ser e ter esse coração maravilhoso.
    Beijos

    Cristina.

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