Às
vezes dou por mim a olhar-te, em silêncio, apreciando em ti a poesia
do momento. Olho-te, não como quem te cobiça o corpo, mas como quem
aprecia a beleza das linhas, a cor das sombras, cada contorno que com
delicadeza vais revelando. O prazer não se prende apenas com as
segregações corporais, com gemidos e ais. Há um prazer sublime,
que degusto no silêncio da tua intimidade, quando me sento num canto
e assisto ao bailado do teu corpo sendo despido. Esse instante,
revestido de subtis traços de sensualidade é um pedaço de tempo
que se suspende, com a respiração de quem como eu te sente, em cada
entalhe, em cada nervura dessa imensa loucura que é ver-te descobrir
o corpo num acto do quotidiano, sem ensaios ou intentos, apenas como
consequência da necessidade do descanso. Nem te apercebes que te
olho, que idolatro a sensibilidade da tua pele, na distância ínfima
que nos separa. Que enlouqueço de luxúria ao ir descobrindo cada
sombra tua, cada movimento suave que te envolve nesta dança enquanto
te despes para ir para a cama.
que porcaria de blog
ResponderEliminarisso deveria ser deletado para parar de poluir a internet mais ainda
Ah, meu amigo querido.
ResponderEliminarAdoro quando polui a internet com essa competência em prosa
que só a ti cabe.
Que Deus continue a te abençoar na Arte de Ser e ter esse coração maravilhoso.
Beijos
Cristina.