Entre
a luz e a sombra oscilam as formas, são elas que reflectem a
maravilha dos seus perfis, são elas que vejo quando olho de soslaio
os teus quadris. Este jogo, entre a penumbra e o encandeamento,
permite-me apreciar de todos os ângulos os teus movimentos
lânguidos. Ensinam-me a perceber a fluidez dos teus traços e o
prazer incomensurável de puder-te ver. Esta forma de te olhar, é um
flamejar da imaginação, que se solta livre sobre o ar, como se
fosse moldar-te do nada, como se fosse acariciar-te no meio do vazio.
Não fazes ideia de como te olho, com que profundidade o faço, para
mim és uma obra-prima, contornos que a Mãe Natureza moldou em
curvas intrincadas de pele macia, de pura alegria que dança no teu
olhar intenso. Não consigo cansar os olhos, porque estes são
sedentos da beleza uniforme dos teus momentos, dos detalhes dum corpo
que se agita como bandeira despregada ao vento. Este instante em que
te olho, é o meu doce tormento.
Sem comentários:
Enviar um comentário