Este
delírio, de saber real cada detalhe da tua existência, é êxtase
roubado ao prazer de ser simplesmente parte dos teus dedos, da tua
boca, dos teus olhos revoltos em mares fluídos de luxúria. Por mais
que te crie, te desenhe e te pinte, não há estátua, desenho ou
quadro que possa de alguma forma retratar esse misto de essência e
pele, de efervescência e mel, que faz da tua breve loucura, um
instante de fogo intenso, erupção de um só momento que incinera o
ar em teu redor. Eu sou mero espectador desta envolvência, fonte que
jorra, em sobressaltos de letras, mãos trémulas, olhar extasiado,
instante a ti roubado na perplexidade do teu enlevo. Toco teu corpo
em relevo e sinto como se fosse possível o sabor viajar pelo espaço
aberto, entre ínfimos milímetros de corpos despertos. Não sei como
o Cosmos conspira, como em teu corpo se inspira para deleitar-te os
prazeres, sei apenas que te gera, que te agita e concatena num só
corpo tantas almas, num só gemido tantos gritos, num só clímax
tantos orgasmos. Entrego-me, baixo os braços e a tela fica
inacabada, na expectativa de poder terminá-la um dia em que a
insanidade se mescle outra vez ao misticismos e num conjuro perfeito
se faça magia acontecer e a tua tinta volte de novo a escorrer.
Olá Alma LInda!
ResponderEliminarPalavras Mágicas sempre me levam a algum lugar, também mágico, esse estar no teu mundo.
bjão!
lindo poeta, maravilhosamente visual o teu texto.
ResponderEliminarbeijos,
maria