Ainda
sinto no corpo o calor do teu abraço, a forma aconchegante como as
linhas construídas na tua pele se encaixam por entre as extensões
do meu corpo. Escuto ainda a respiração tranquila, a essência
mansa de quem descansa numa curva do tempo. Sabes, há tanta forma de
amar, que a mais bela e singela se encerra na forma como os corpos se
sabem abraçar. O encaixe perfeito entre quem se entrega, deixando o
corpo à mercê do instante em que tudo se encaixa na perfeição dum
suspiro. Os meus dedos lembram-se da textura macia da tua pele, o meu
olfacto visita ainda a fragrância do teu perfume, neste encosto de
mundos, neste aportar de sentidos que por breves minutos foi enlaçar
os corpos.
Este
bailado silencioso, em que a forma estática dos corpos oscila em
milímetros dum prazer indescritível, é dança delicada, como
folhas soltas desprendidas em turbilhão, oscilando no nada.
E
ali ficámos, presos àquela pequena eternidade, num misto de amor e
saudade, de quem sabe que vai, que parte, pela estrada da vida, de
quem fica, a chorar por dentro, ainda.
De quem fica a chorar por dentro ainda...
ResponderEliminarAinda! é sinal de que Permanece boas lembranças.
Sempre bom voltar aqui!
Saudades imensas!
bjo!
Poeta,
ResponderEliminarenvolvente como um abraço o teu texto de hoje.
a música que colocaste hoje me trouxe muitas recordações.
beijos,
maria