É corpo, pele, sentido fiel de quem percebe, a cada olhar, o imenso mar que te preenche. É espaço aberto, savana, luar, deserto, que descobre meu corpo quando te ama. É silêncio, passado, presente, todos os tempos de qualquer verbo, este desejo que o futuro não descreve, mas que sinto em cada beijo que ao de leve te deixo.

É assim que te vejo, nessa simetria inconfundível, que me deixa louco de vontade de mergulhar na saudade de teu corpo sentir, nem que seja um breve minuto, ou uma eternidade porvir.

Enlouquece-me a sombra que projectas quando o Sol em chama, te contorna como mãos invisíveis, como luxúria indescritível de quem, como eu, te ama. Quem me dera puder um dia, esquecer a minha cobardia e empreender viajem, rumo à margem que confina teu lago secreto com a minha miragem. Espero, que o cosmos me projecte, como tatuagem perene na tua pele sensível, que na tua alma escreva o meu nome e que não sei donde, te possa de novo abraçar, esquecendo que entre nós há todo um mar.



1 comentário:

  1. Depois deste tempo de silêncio é bom estar de volta a este espaço
    Na espera de brevemente poder mergulhar na Magia das palavras, deixo um Abraço.

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