Diz-me, como posso eu resistir à provocação do teu corpo? A essa exposição de subtileza com que me mostras as curvas da tua silhueta. Dir-me-ás, que é usual, que faz parte do teu visual e que não se trata de um truque para enlouquecer este pobre mortal.
Respeito a distância que nos separa, mas não deixo de observar de soslaio o contorno das sombras sobre as pernas que em arco se cruzam, oferecendo-me ângulos de puro delírio, essa postura apelativa, deixa meus sentidos à deriva pela tua pele infinita.
É insuportável esta loucura avassaladora, com que o bico do teu decote, me convida a cair na tentação de perscrutar com a língua esse desejo de saborear-te o corpo que se estende por entre teus seios, expostos, quase à deriva duma lingerie que tudo esconde, mas, tudo mostra.
Esse vermelho fogo, com que te vestes, cegou a minha alma e inundou o meu corpo da tua própria luxúria.


1 comentário:

  1. Há tentações que são carícias sem toques, há sedução e o prazer acontece mesmo na distância...

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