Fico quieto, tentando não agitar a luz das velas, quero que o seu brilho seja constante como o reflexo do Sol na face da Lua. Quero ver-te na plenitude da tua pele nua. Esta atracção gravítica que o teu corpo exerce sobre o meu faz-me girar em torno da tua beleza ímpar. Hoje quero ser o vento que em ti se vem abraçar. Este silêncio que não quebro, quero senti-lo como troca infinita de sentidos, que não preciso dizer ou escrever, apenas absorver. Quero olhar-te, nem preciso sequer tocar-te para saber a imensidão do teu ventre.
Fico imóvel, perante a magnitude do teu olhar, quero em ti poder naufragar.

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