No limiar da tua curvatura, nesse perímetro que forma a tua cintura, orbito o teu corpo, numa elipse perfeita, absorvendo a luz do teu ventre, cada detalhe dessa corrente que te prende a mim. Esta sensação de atracção entre dois corpos, mantém em equilíbrio a gravidade dos sentidos, como se fosse possível equilibrarem-se no ténue véu que te cobre, nessa névoa pálida que te veste e oculta a beleza pura da tua própria superfície. Na sombra do teu dorso desenho as tatuagens que te adornam como ramos de árvores que crescem em direcção ao infinito, como pássaros que voam pelo teu céu despido. Nesta perfeita sincronização, o calendário dos nossos dias é preenchido com prazeres e alegorias, alimento para as sensações e demais emoções que crescem das sementes plantadas, que sobressaem em flor, nos poros arrepiados da pele. Não existe prazer mais intenso, que o tempo que levo a orbitar o teu corpo, descobrindo-te maravilhas e saboreando o leve roçar pela atmosfera perfumada do teu ser.



2 comentários:

  1. maravilhosas palavras que deslizam desta tua pena.
    beijos poeta.
    maria

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  2. Feliz em ler-te!

    Suave, meigo, uma viagem emocionante.

    bjão!

    Bom saber-te inspirado.

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